Quinta do Côro
Reserva Branco 2023
Branco muito
mineral, metálico mesmo, aguçado, agressivo e potente. (30 € em restaurante) 88
Quatro
Ventos Douro 2022
É um blend
duriense muito comum: Tinta Roriz, Touriga Franca e Tinta Barroca. O resultado
é mais para o mainstream e descomprometido: podia ser um Douro ou outro vinho moderno
de outro lado. Não é mau, mas não impressiona, embora se aguente: a segunda prova
é melhor que a primeira impressão. E para o preço não está mal (4,90€). 85
Balanceado, com força, vinoso, profundo. Mantém o perfil que já tinha aqui sido notado em prova de colheita anterior. Bom corpo e melhor preço. (5,49€). 87
Herédias Branco Douro 2022
A um Douro branco, em geral, não se lhe peça intensa frescura, nem demasiada complexidade. Deste, pode esperar-se jovialidade e compostura. Foi de enorme correção e plasticidade no acompanhamento de uma refeição de diversificadas coisas do mar, deixando o protagonismo para a ementa. 20 € em restaurante. 87
Vinha do Rosário Verdelho 2022
É muito mais delicado que o habitual, para varietais desta casta.
A mineralidade está bem equilibrada com a fruta verde, fazendo um conjunto mais
fresco que gordo. Da casa Ermelinda de Freitas, este é um ótimo branco,
completamente versátil e adaptável a qualquer circunstância. 90
Dois Verdelhos Madeira com mais de 50 anos
Em casa há várias décadas, estes vinhos não datados foram guardados
na vertical, em cave adequada. Ambos se mantém em forma, embora uma vez abertos
tenham revelado performances diferentes.
O HM Borges Fine Verdelho, sem data (talvez da década de
1960), foi um excelente exercício a evocar memórias. Revelou-se uma preciosíssima
relíquia, quase como uma velha e digna senhora, muito idosa mas muito jovial e fresca,
cheia de vida e alegria. Uma enorme inspiração.
João – 95 (um dos melhores vinhos que bebi)
PV – 95
Já o Verdelho 1850 Companhia Vinícola da Madeira acusou um
pouco a idade. É produto do método de solera e, portanto, de 1850, tem
provavelmente pouco mais que o nome. Mostra grande sofisticação e muito complexos
sabores. Já perdeu um pouco de dignidade. Pior: a rolha estava degradada e ficou
a flutuar, prejudicando a prova sensorial. Mas de resto, estava lá quase tudo.
PV - 91
Quinta de Sobreiró de Cima Verdelho
2019,
Para varietal, é normalzinho, mainstream, composto e bem
arranjado. Não deslumbra, mas também não desagrada. Gordo e saboroso. (9,99€)
I – 88
PV – 87
Montes Ermos Reserva 2020
Deste vinho, em Espanha, dir-se-ia
que é um excelente “caldo”. Mais frutado que encorpado. Especiarias picantes.
Vinho muito plástico, que vai bem sozinho ou, agora, no verão, com grelhados e petiscos
na beira da piscina. Neste segmento de preço, é muito competitivo (6,49€). 88
Campus Verdelho 2021
Branco da Adega Cooperativa de Borba. Logo no primeiro
travo, apresenta-se muito fresco, cheio de força e muito viçoso. Depois, vai-se
soltando e liberta aspereza, revelando um perfil mais agressivo. Foi uma
excelente experiência todo-o-terreno, como aperitivo e depois também com comida
ligeira (9,99€). 86
Dom Diogo Azal 2021
Verde muito específico, que vale desde logo pela
experiência. É feito na Sub-Região de Basto, exclusivamente de uvas da casta azal,
daqui originária. É um vinho com frescura serrana, viçoso, que causa logo boa impressão,
simples, mas alegre, no primeiro copo. Consistente e saboroso. Grande, no seu
campeonato. 87
Este reserva marca um percurso no caminho de ulteriores melhores vinhos da mesma casa produtora que, seguramente, deram passos em frente na qualidade. Este, já com cinco anos, é quase que insustentavelmente leve. Falta-lhe estrutura e corpo. Na verdade, tem perfil corrente. Este é mais um motivo para saudar o percurso desde então (5,99 €). 80
Encostas Trogão Tinto 2020
Vinho jovem e muito fresco. Elegante,
apesar da sua solidez e consistência. Para um colheira, é excelente (6,69 €).
Terras do Salvante Branco 2018
DOC Trás-os-Montes. Enorme
frescura, gordinha e muito simpática. Deve beber-se na Terra Quente transmontana,
de onde vem. Podendo, com polvo no forno.
Z – 87
PV – 87
Encostas do Trogão Branco 2019
Regional Trás-os-Montes, muito fresco e arejado. Vinho de verão, para beber numa esplanada. 87
Não são só os 7,5% de álcool que o
fazem descer ao campeonato de “binho de gaija” (e dentro deste, à IIª liga). É
mesmo o docinho, o delicadinho, a garrafinha e a respetiva cor. Em todo o caso,
não engana ninguém: está tudo bem à vista, na forma como se anuncia e
apresenta. É um bom refresco de fim de manhã, em dias quentes de verão (2,99 €).
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