sexta-feira, julho 30, 2004

Terras do Pó 2003
Tinto que desliza muito bem e satisfaz. Travo muito intenso de fruta.

Quinta da Lixa Loureiro 2003
Verde frutado e consensual, com corpo muito equilibrado.

Dalva LBV 1998
Porto superior, mas curto. Bebe-se bem. Tem o picante certo para depois do almoço de verão. Harmonia muito agradável.

Vinha Conchas Tinto 2003
Concentrado de vinho, potente e expansivo. Enche a boca e é um excelente compromisso preço qualidade.

Grand'Arte Trincadeira 2003
Forte e denso, mas nada rude. Corpulento e quente. Grande adversário para um almoço prolongado.

quarta-feira, julho 28, 2004

Quinta da Lixa Vinho Verde 2003
Sólido e rico. Impõe-se pela frescura, mas é também muito consistente. Também tem que destacar-se a versatilidade. Acompanha bem com qualquer coisa. Não vai é sozinho. O vinho do espírito do verão.
Pontuação
LP: 16
Ana 15,5 e não mais porque não é feminino
F: 16,5, pelo excelente preço
PV: 15,5


Vinha Padre Pedro 2001

Não é fácil encontrar um tinto com um ramalhete tão policromado de aromas. Bebe-se com a agradável curiosidade de quem não resiste à tentativa de descobrir e desemaranhar sabores.

Dalva LBV 2000
Este não é um Porto clássico. Travo a ervas aromáticas. Mesmo muito fresco (imprescindível), sabe ao calor do verão.
Pontuação
LP: 17,5
PV: 17

terça-feira, julho 27, 2004

Comparativo Rosé
Experiência sazonal de uma noite de verão.


Quinta da Giesta 2003
Rosé vinificado a partir de uvas de touriga nacional, desengaçadas algumas horas após a maceração. O aroma é muito floral, mas masculiniza-se na prova. Travo consistente, apesar de o vinho ser leve, fresco e adocicado. Não é um leviano rosé de verão.
Pontuação
Ana: 15
LP: 15,5
PV: 15

 
Vinha da Defesa 2003
Tem personalidade e corpo. É de facto vinho, feito de uvas tintas. Talvez peque pelo excesso de açúcar que, se não estiver gelado, lhe dá um travo pastoso e acre. Bom vinho de verão.
Pontuação
LP: 15
A: 15,5
F: 14,5
PV: 14


Sairrão – Quinta do Picoto 2003
A frescura é a nota mais saliente. Por isso, deve beber-se muito frio, para não se tornar pastoso. A frescura não afasta alguma complexidade no sabor, que lhe dão personalidade. Ligeiro, é um agradável vinho de verão.
Pontuação
Ana: 14
LP: 13,5
PV: 13


Murganheira Rosé 2003
O vinho está bem feito. É leve e fresco. Tem espírito de férias de verão e bebe-se bem. Mas não convence.
Pontuação
Ana: 11,5
LP: 13
F: 12
PV: 12
 
Quinta do Castelinho Rosé 2003
Nota-se muito que é feito de castas tintas. Acre e um pouco duro, a raiar o rude. O Douro não está feito para rosés.
Pontuação
Ana: 11,5
LP: 12,5
PV: 12
 
Vale dos Pombos, Rosé 2003
Muita acidez, em pouco corpo. A Quinta da Lixa sabe fazer melhor.
Pontuação
Ana: 11
LP: 12,5
PV: 11,5
  
Vale dos Pombos, Espadeiro 2003
Fusão de vinho verde com rosé. Feito de uvas tintas (parece impossível fazer-se rosé de um vinho tão duro), é fugaz e muito leve. Tão leve que nem se dá por ele.
Pontuação
Ana: 10
LP: 12
PV: 11

segunda-feira, julho 26, 2004

Quinta da Alorna Reserva 2001
O sabor da terra. Quente e possante. Ribatejano à antiga portuguesa deu grande luta a uma monumental parelha de bifes de vaca.
Pontuação
Ana: 15
LP: 15,5
PV: 15


Solar de la Veja - Verdejo
De Rueda, musculado e com corpo, vegetal e herbáceo. Dizia a Ana que “na relatividade da refeição ganha mais do que objectivamente poderia conseguir conseguir, noutro contexto”. Serviu, na perfeição, para acompanhar umas beringelas fritas e um camembert rebozado, aquelas segundo Francisco José Viegas e este, ainda segundo o Chico Zé, de Pepe Carvallo.

domingo, julho 25, 2004

Enate 2001
Este tinto de Somontano sobreviveu, sem sobressaltos, às obras da garagem. Sendo um varietal de cabernet-sauvignon e merlot, domina o primeiro, o que se nota no corpo e intensidade. O cabernet dá-lhe também o travo e o aroma insidiosos, característicos da casta. É um bom vinho,  muito profissional, embora intemporal e apátrida.

sábado, julho 24, 2004

Bom Juiz Reserva 1999
Tinto do terroir (Adega Cooperativa de Reguengos), com travo a groselhas pouco maduras, a lembrar um vinho jovem. É também jovem a sua adstringência. Quanto ao demais, é um vinho alentejano, de botas e capote, que deve beber-se arrefecido para compensar a intensidade.

Quinta do Castelinho Porto LBV 1996
Aroma algo alcoólico. Este vinho veio de pipas com grande experiência, e ainda teve uma evolução na garrafa. Harmonioso e não dissonante, é discreto e não dá nas vistas. Alguma fruta, que lhe dá frescura – ou será o inverso ? Conjunto delicado mas com suficiente vivacidade para o tornar interessante.

quinta-feira, julho 22, 2004

Pinga do Lavrador, sine data
Da Adega Cooperativa de Vila Flor. Chega de shelf-cleaning! Hoje mesmo vou às compras.
PS: este é menos mau que os anteriores. Com Seven-Up talvez dê um bom vino de verano.

Casa do Arco 1994
O fado do terroir de Valpaços, onde este vinho foi colhido, diz que “pais ricos, filhos nobres e netos pobres”. Este tinto, herdeiro de uma grande tradição de Colheitas e de Reservas, bateu no fundo. Dez anos depois, está imbebível.

quarta-feira, julho 21, 2004

Verdejo Martivilli 2002
Um Rueda espesso e muito vegetal, com travo de fruta muito madura e intensa. Foi provado no verão de 2003 (post de 18 de Agosto) e LP previa que ganharia com a passagem do tempo. Até agora, não parece. A menos que tenha sido prejudicado pelas obras na garagem.
 
Messias Seco Aloirado
Este Porto, não datado, mas há seguramente mais de trinta anos na garrafeira paterna, é extraordinariamente seco. Chega a ser agreste e antipático. Talvez vá bem com um cubito de gelo.

segunda-feira, julho 19, 2004

Vinho do Primo Júlio
Colheita privada, de 2002. Vinho de lavrador, espesso como café – aliás, tem uma suspensão parecida com a do café de saco. Dantes, era vinho novo. Agora é vinho novo envelhecido. Fresquinho, ainda foi. Se não estivesse assim, gelado, não serviria para acompanhar a salada: deitava-se nela. 
  
Adega Cooperativa Ponte da Barca - Tinto
O verde tinto é sempre uma experiência alternativa. Independentemente da temperatura, parece sempre fresco. Este é verdasco e tem adstringência total, com travo de uvas pouco maduras. Quanto à prova, pouco mais se lhe nota. É sempre um refresco (de 9,5% de teor alcoólico) para quem não quer beber vinho.
 
Encostas do Rabaçal, Touriga Franca 2002
Varietal da Adega Cooperativa de Valpaços, com 14% de teor alcoólico. Granuloso e vegetal. Parece ainda estar em evolução e, portanto, parece inacabado. Curiosamente, tem o traço mineral dos vinhos à antiga portuguesa.

terça-feira, julho 13, 2004

Com a devida vénia, transcrito de Epicurista:

Comparativo Pilsener - Berliner versus Beck´s - A primeira é mais levezinha. A segunda parece mais acre e menos delicada, a revelar um travo mais bávaro que prussiano. Talvez esteja mais próxima do modelo checo (com origem em Plsen, remember ?). A Berliner é menos intensa e picante que a outra e talvez tenha mais gás. Ambas sao frescas (a Beck´s mais) e adequadas para esta altura do ano.

Comparativo Chimay
Para alguns, esta é a melhor cerveja belga. Para outros, é de facto boa, mas reparte o título com outros dois menmbros de um triunvirato também composto pela Leffe - mais cosmopolita e polida -, e pela Duvel - de que é mais fácil gostar e é a mais popular, na Bélgica (ao administrador do blog recorda-se que lhe assiste o direito - e mesmo que não assistisse, tem a possibilidade técnica -, de salvaguardar o bom gosto…).
Proposta Epicurista: degustar comparativamente as três gamas de Chimay produzidas pela abadia de Scourmont (uma das várias Trappiste).
A Chimay dita normal, ou Premiére, de rótulo vermelho escuro, tem 7º e cor suavemente escura. Quanto à Chimay Tripel, de rótulo branco, tem 8º graus e é a mais clara de todas, ligeiramente ambrée. Por último, a Chimay Grande Réserve, de rótulo azul, tem 9º e é escuríssima. Aquela que foi sujeita a prova era de 2004.
Na prova, todas elas têm um potentíssimo primeiro embate. Depois, apercebe-se a sofisticação e a subtileza. A cerveja é densa, consistente e tem uma complexidade de sabores quase inabarcável. Quanto às nuances, a Chimay Premiére é mais linear. É também a mais doce e (Gabriel Alves dixit) mais fácil de interpretar. A Tripel é mais suave e urbana. Quanto à Grande Réserve, vem das profundezas da Abadia. É mais picante e frutada que as restantes.

Bush Ambrée
A mais alcoolizada de todas as incontáveis cervejas belgas. Caramelizada e espessa. Tal como o seu homónimo, é poderosa (12 graus). Tal como o seu homónimo, é de produção caseira e familiar. Tal como … (don’t say it) … é rude e bruta. Apesar de tudo, vá lá saber-se porquê, seduz
Labirinto, Alvarinho 2002 - Monção, 12º. Aroma floral, muito intenso. Não tem inteira correspondência na prova, menos impressiva. Algo redondo e, portanto, discreto. Saboroso e agradável. É mais fresco que a generalidade dos alvarinhos.

Benjamin Sec Codorníu - Cava de grande consumo, carnudo e espesso, com travo de maçãs maduras. Aperitivo consistente, a acompanhar com fuet catalão.