domingo, maio 30, 2004

Finca Flichman, Malbec 2003 – Este tinto da zona de Mendoza (Argentina) esconde muito eficazmente os 13,5 graus. É discreto, mas tem um aroma frutado muito senhoril. Não enche a boca mas os taninos arrastam um agradável final. É ligeiro e está pronto a beber, o que é notável num vinho tão jovenzinho. Experiência agradável, de uma casta que os franceses usam para equilibrar e compensar as características de outras e não tem tido direito à primeira fila.

quinta-feira, maio 27, 2004

Porto Ferreira LBV 1997 - Em noite europeia qualquer Porto teria receptividade. Este, é delicado e suave. Os taninos marcam o final, deixando alguma vontade de outro trago. Não é um "monstro" mas está ao nível da final de Genselkirschen.

quinta-feira, maio 20, 2004

St. Sebastiaan Grand Cru – Cerveja belga de abadia. Não se notam os 7,6º de teor alcoólico, por estarem bem mascarados sob uma enorme delicadeza elegante.

Quinta do Cerrado 2001, Malvasia Fina – O impacto inicial é seco e agreste, mas depois, enquanto se degusta, ganha complexidade e tudo termina num gracioso ramalhete de aromas vegetais.

Edge 2001 – Cabernet-sauvignon da Califórnia, com 14,2º de teor alcoólico. É um cabernet puro e duro, com travo de terra e ervas. Tem alguma complexidade, mas é frívola e pouco estruturada, que se esvai num final inexistente.

Quanta Terra, tinto 2001, Douro – Mais um vinho fortemente alcoolizado (14,1º). Picante e denso de aromas. É um rico vinho, muito mais ricamente descrito em Epicurista.

Alion Cosecha 1996 – Sofisticação e elegância. Embora esteja em final de carreira é ainda um senhor.

segunda-feira, maio 10, 2004

Pousada LBV 1997 – O corpo acusa a passagem do tempo, mas o espírito manteve-se vivo. Aliás, parece que ficou mais picante. O final, é vincado.

Domaine Moulin de Péries, Syrah – No início, parece que a vigorosa raça da casta está completamente domesticada, mas depois, nos cantos da boca, verifica-se que a pujança não aguenta. E o verniz francês estala.

Marquês de Marialva, Branco 2001 – Acre e seco, intenso e herbáceo. Talvez um pouco rude. Corresponde ao lugar dos marqueses, na escala da nobreza.

Porto Real Companhia Velha Vintage 1982 – Se o empregado do Café Luso não atestou a garrafa – porque será que ocorre tal ideia ? – este porto está delicado, mas sem força. Já teve melhores dias.

Carvalho Gomes Tinto Colheita Seleccionada 2001 – Quente e macio. O travo de groselhas, algo abaunilhado, fica na boca num final persistente.

Xisto Preto – Este tinto da Adega Cooperativa de Alijó ficaria seguramente bem posicionado na lista de “os melhores tintos por menos de 1 €” (custou 0,89 €, em promoção). Dentro do género, não é dos piores. E agora, que o verão se aproxima, traçado com gasosa, é capaz de ir bem…

sábado, maio 08, 2004

Vila Santa, Tinto 2000 - Delicado sabor a campo, resultado da composição de aragonês, que lhe dá carácter, trincadeira, que lhe dá aromas, cabernet, que lhe dá corpo e alicante bouschet, que lhe dá corpulência.

Tapada de Coelheiros, Chardonnay 2002 - Amanteigado moderado e por isso não untuoso. Sofisticado e consistente. É um vinho moderno, com personalidade bem marcada. Bom vinho.

Porto Poças Vintage 2000 - Excelente corolário, para dia de aniversário. É delicado, mas potente. A aspereza está arredondada e torna-se virtude, atingindo um bom equilíbrio. Másculo, sem ser rude. Quem disse que o vinho de porto deve ser velho ?