Para o ano há mais.

Há dois anos, foram 110 garrafitas.
Há um ano, 138.
Agora, hoje, que acaba o estágio intensivo de síntese e preparação para a próxima temporada, o registo indica 162 botelhas. Divididas pelo painel de provadores do costume.
Para o ano, há mais actividades formativas.

Cono Sur Chardonnay 2006
Chileno, do Valle Central. Espírito muito intenso, que se revela em impetuoso impacto inicial, enchendo o travo de notas amadeiradas. Muito frio vai melhor, porque fica oculta a falta de delicadeza. 82

Los Chaclos Cabernet-Sauvignon 2006
Honesto, correcto, equilibrado, estruturado, mas modesto. Pelo preço, é muito aceitável e a relação preço qualidade é imbatível. (1,49€, no Plus). 81

Lagoa Reserva Tinto 2004
Aguado, parece vinho de lavrador, mas sem raça. Plebeu. Fraco, mesmo.
Z – 49
PV – 60

Trivento Reserve Chardonnay 2005
Argentino de Mendoza, com delicado travo amanteigado, talvez por já não ser novo. Apresenta bom carácter e suscita simpatia. É fácil gostar dele. (7 €) 87

Quinta da Romeira Arinto 2005
Aroma acre e seco. No travo, é pouco reverente e não suscita grande interesse. 82

Falcoaria Tinto 1999
Vinho maduro e adulto. Aroma intenso e travo composto. Carácter muito ribatejano. 87

Falcoaria Tinto 1999
Vinho maduro e adulto. Aroma intenso e travo composto. Carácter muito ribatejano. 87

Cova da Caldeira Branco
Ribatejano aquoso, de travo pobre mas honesto e sem presunção. 78

Quinta da Sapeira Alfrocheiro Rosê 2006
Aquoso equilibrado. É refresco hirto e elegante, que não enche a boca mas não deixa má impressão. 82

Quinta da Alorna Rosê Touriga Nacional 2006
Frutado, de polpa consistente. Se fosse tinto, era light, a fugir para o palhete. Para rosê está bem. 84

Casal da Coelheira Branco 2005
Fruta madura, com fortes notas de maçã. Conjunto robusto e substancial, a exigir acompanhamento à altura. Desacompanhado passará por rude. 84

Casaleiro Syrah 2005
Aroma pastoso, mas limpo. Travo de grande dimensão. Pena faltar-lhe um pouco mais de polimento. 87

Portal Grande Reserva 2003
Aroma químico, reforçado pelo travo, que tem notas agrestes. Este lote teria dado um excelente vintage. Como tinto, valerá a pena guardá-lo para beber mais tarde. 88

Dona Berta Reserva Tinto 2003
Travo vigoroso, de grande personalidade e corpo. Fruta intensa, mastigável. 88

Bridão Tinto 1998
VQPRD da Adega Cooperativa do Cartaxo, enobrecido pela idade. É um vinho à antiga portuguesa que, envelhecendo, engrandeceu e se tornou delicadíssimo, suave e sedoso. 88

Cabeça de Toiro João de Santarém Reserva 2002
O aborrecido cheio a rolha (ou se preferirem, o TCA, ou tricloroanisol), não permitiu a prova. E não havia outra garrafa. (5,40 €)

Terras do Pó Tinto 2006
Mais rude que as colheitas de anos anteriores, talvez a precisar de repouso. Para já, a fruta está áspera e agressiva. (3,85€) 81

Casa da Alorna Colheita Seleccionada Tinto 2003
Fruta vermelhíssima e intensíssima. Fresco e com muita garra. Musculado e masculino. 87

Quinta do Carqueijal Tinto 2003
Foi provado em copo de touriga e evidenciava um distintíssimo aroma de suor a cavalo, com fortes notas de couro. No travo, compostinho, mostrou-se picante e salgado. 85

Quinta do Cardo Branco 2005
Aroma fininho. Travo vivo e citrino, no início; mais mole e amaçazado no final. (2,79 €) 84

Kopke LBV 2000
Sabe a vinho do Porto, vem em garrafa de vinho do Porto e tem cor do mesmo. Mas é curto, muito curto. Modestinho e humilde. Será um pouco melhor que um ruby, mas pouco. (8€)
LP – 82
Z – 82
PV – 81

4 ANOS DEPOIS...

... uma pequena nota para assinalar o aniversário deste espaço, que abriu as portas neste mesmo dia, 16 de Agosto, mas de 2003. E também para agradecer aos habituais fornecedores da matéria prima. E a todos os que têm contribuído com as suas notas de prova. E, claro, aos 40 a 50 visitantes diários (por vezes mais, às vezes menos), que constituem um enorme incentivo a que continuemos a divulgar as provas que fazemos. Quanto às provas, essas não têm precisado de incentivo...

Plátano Velho Tinto Reserva 2003
Douro tradicional e de perfil antigo. Grande travo mineral, sem pinta de frescura ou fruta. 83

Casa de Santar Branco 2006
Botelha esteticamente cuidada. Vinho fácil e de prova agradável. Moderadamente frutado e muito fresco e leve. (4,29€) 84

Kopke Tinto 2003
Travo muito mineral, de vinho do terroir. Sedoso e nada frutado. Sem pinta de complexidade, é um vinho fácil, à antiga portuguesa. E apesar disso, com bifes de vaca picantes, foi uma boa surpresa. (4,99 €) 85

Mateus Rosé Aragonês
É uma bebida docinha e fresquinha. Parece um refresco. Talvez evoque o tinto de verano espanhol, que leva seven up. Mas quem disse que as uvas tinham que dar origem a vinho? (3,79 €). 75

Marquês de Riscal Sauvignon 2006
Muito adstringente e vegetal. Masculino e encorpado. (6,39€) 88

Porto Krohn LBV 2001
Alguma estrutura e boca cheia. Mais para o simples, mas com bom perfil. (13,85 €)
LP – 87
Z – 86
PV – 88

Kopke LBV 2000
Sabe a vinho do Porto, vem em garrafa de vinho do Porto e tem cor do mesmo. Mas é curto, muito curto. Modestinho e humilde. Será um pouco melhor que um ruby, mas pouco. (8€)
LP – 82
Z – 82
PV – 81

Quinta de Beiredos avesso/arinto 2006
Travo cortante, de óptima acidez e vigor. Verde óptimo.
LP – 84
Z – 85
PV – 85

Loureiro da Adega Cooperativa de Ponte de Lima 2006
Com sardinhas disfarça bem, mas com outro qualquer acompanhamento não aguenta.
Z – 80
LP – com sardinhas 83; sem elas, 79, a menos que seja antecedido por um verde tinto.
PV – 80

Pintia 2004
Ainda está muito novo, mas mesmo assim já é um grande vinho. Precisa de acompanhamento de borrego mal passado, mais em sangue (LP). Invasivo, maduro (embora jovem). Elevado. Superior, mesmo.
LP – 92
Z – 92
PV – 92

Chaminé Tinto 2006
Complexidade discreta, de fruta ácida. Soft vinho .
LP – 83
Z – 86
PV – 85

Esporão Branco Reserva 2006
Denso e vegetal. Corpo e adstringência.
A – 88
PV – 88

Herdade de São Miguel 2006
Tinto acerejado, que parece adequado para servir a copo em restaurantes da moda. Fácil e para público pouco exigente. Boa relação qualidade/preço.
LP – 80
Z – 85
M – 84/85
PV – 85

José Preto Tinto 2004
Este vinho do Planalto Mirandês não é fácil de beber desacompanhado. Mas foi óptimo à segunda dose de feijoada, à temperatura correcta (Z). Apesar disso, acre, muito acre.
Z – 88
M – 85
PV – 84

Convento da Tomina 2005
Tinto alentejano picante a arejado. Tem que ser refrescado. Para nº 3 da sua colecção, não está mal. (7,08 €)
LP – 86
Z – 83
PV – 85
Manel - 85

Verde Branco Selecção de Enófilos 2006
Boa impressão no travo, com perfil fresco. Acidez no ponto. Modesto mas honrado. E óptima relação qualidade/preço (1,98 €).
LP – 81
Z – 83
PV – 82

Solar das Bouças Loureiro 2006
Fresquito e arejado. Verde mainstream.
LP – 82
Z – 82
PV – 82

Rebouças Alvarinho 2004
A rolha era muito fraca e por isso fica sem se saber se foi essa a razão de ter envelhecido demasiado. Como se apresentava, era fraco.
LP – 70
Z – 78
Ana - 49
PV – 75

CARM Amico 2003
Picante e intenso, com alguma (pouca) complexidade e final curto.
LP – 87
Z – 88
M – não chega a 90
PV – 89

Vino de Pasas
Moscatel do ano de Bollullos del Condado, Huelva. É verdadeiramente um vinho da terra, do campo. Parker dar-lhe-ia 90 pela autenticidade (Z). Se estiver geladinho, é por si só boa sobremesa. 86

Muros Antigos Loureiro 2006

(segunda prova)
Docito e algo aguado. É agradável, mas não corresponde ao perfil que tinha em anos anteriores.

LP – 86
Z – 88
PV – 85