segunda-feira, junho 25, 2007

JANTAR COM VINHO DO PORTO



Porto Barros Extra Dry
Acompanhou pequenas mas suculentas entradas de salmão, pato e alheira. Revelou um aroma envelhecido mas um travo muito agradável. Docinho. Talvez mais adequado para sobremesa.
LP – 83
Z – 87
PV – 86

Porto Cálem Tawny 20 anos
Com foie gras e meloa caramelizada. Espantosamente, é fresquíssimo, mantendo um bom equilíbrio no açúcar. É sedoso, delicado e caramelizado. Para acompanhar bem o prato faltou-lhe um pouco de acidez.
LP – 92
Z – 90
PV – 91
Porto Kopke Very Old Dry With
Com pregado e presunto cozinhado. Foi uma surpresa. Muito digno e aprumado. Vigor sem rudeza. Casou bem.
LP – 94
Z –94
PV – 93

Porto Kopke Vintage 1985
Com magret de pato e com queijos de pasta mole, muito fortes. Macio e muito sofisticado no travo. Fantástico equilíbrio entre os sabores e a delicada força.
LP – 92
PV – 90

Porto Burmester Colheita 1955
Com sorvete de vinho do Porto e gelado de chocolate branco. Este vinho vai melhor desacompanhado, para que nada desvie as atenções do seu esplendor. É incisivo, acutilante. Um monumento.
LP – 96
Z – 95
PV – 95

sexta-feira, junho 22, 2007


Herdade de S.Miguel Tinto 2005
Ainda estará verde. Mas já se bebe, porque tem um corpo equilibrado e um espírito domado. Quanto ao seu perfil, não deixa de ser plebeu, mas tem boas maneiras. É um bom compromisso. (4,85 €) 83

Rica Pinga
Quanto custa a rolha, o vidro, a cápsula do gargalo e o rótulo desta pomada? Deve sobrar muito pouco para o líquido! É uma vinhaça. Carrascão, daqueles que se agarram a um tipo e deixam hálito de camionista. Dizer que é uma boa relação preço/qualidade, supõe qualidade e não convém exagerar. Por isso fica apenas a nota de que nesta gama de preço é imbatível (0,69 €). 68

segunda-feira, junho 18, 2007

Vinhos da Tap

Luís Pato Maria Gomes Espumante Bruto 2005
Bolhas irreverentíssimas, a embaraçar o travo, sobretudo no impacto inicial (pode ser da altitude). Talvez vá bem com nouvelle cuisine, daquela com hidrogénio, esferificação de legumes e croquetes de melancia gratinada. No final, torna-se mais delicado, mas provoca soluços. 80

Lavradores de Feitoria Tinto 2005
A última experiência fazia esperar pior. Apesar de modesto, tem alguma personalidade. Tinto corrente, mas aceitável. 79

Cister da Ribeira Branco 2006
Seco, algo acre. Corrente, a raiar o banal. Foi salvo por uma cataplana de peixe. 79

sábado, junho 16, 2007


Dow’s Porto LBV 1990
Refinado néctar, com notas de figos (mais do que passas). Doce sedoso e arrastado.
LP – 86
Z – 86
PV – 87

Notre Celier Rosé
Esta vinhaça foi engarrafada em França, mas assume que é uma “melange de vins de differents pays de la CE”. É aguado, mesmo aquoso - não sabe a nada. Mas refresca. 76

1664 Blanc
Cerveja da família das blanches, de verão. Adocicada e com algum travo de laranja. Fresca, por si mesma. Se estiver bem fresquinha é melhor ainda. 83

Adam Riesling Vin d`Alsace
Herbáceo, vegetal. Tem corpo masculino e travo vigoroso. Excelente para aperitivo, mas não fica pior com uma choucroute. 82

terça-feira, junho 12, 2007

Dois Anos - Dois Vinhos
Grandjó Late Harvest 2004 e 2005
Chryseia 2004 e 2005



Grandjó Late Harvest 2004 e 2005
O de 2004 mais denso e estruturado. Muito cheio, com bom açúcar, a raiar o baço, mas para cá da linha. O de 2005 (é menor - Z), mais acre e ácido, bastante menos concentrado e (por isso), menos pastoso. Veremos dentro de um ano…

2004
Inês – nos 90
LP – 92
Z – 91/92
PV – 91

2005
Z –90
LP – 90
PV – 90


Chryseia 2004 e 2005
Na abertura, o 2005 transpira a suor de cavalo, talvez curtumes (Z). No copo, estes aromas libertam-se e deixam passo ao travo. Para beber daqui a um ano (Z). Ainda não está feito (LP). Para já, mostra-se um bocadinho doce e enjoativo.
Por agora, o 2004, ganha por K.O. (Z), pela grande estrutura e equilibrada acidez.

2004
LP – 90
Z – 91/92
PV – 92

2005
Z – 89/90
LP – 88/89

PV – 90


Cadão Moscatel do Douro
Linear e simples. Se estiver fresquinho é muito agradável. Estritamente aperitivo. (4,65€). 80

Kopke Vintage 1996
(42,50€)
(em breve)

NVMANTHIA 2004
Potente tinto de Toro, com corpo arrastado e cheio. Talvez demasiado invasivo (Z).
Z – 90/91
PV – 90

Franco Bodegas Centro Españolas
Tinto corrente, sem distinção. O Generalíssimo seguramente bebia melhor que este, mas a ideia, como marketing, é bem caçada. Para apreciadores (do Caudillo, não de vinho). 70


Vila Santa Reserva 2004
O aroma impressiona muito bem: é delicado mas vigoroso e rico sem ser exuberante. No travo, é musculado. Taninoso e substancial. É um grande vinho alentejano. (13,19 €). 88

Dalva LBV 2000
Travo acre, de fim de vida. É pena, porque o néctar era consistente e rico, conservando bom vigor e adstringência. (10,65 €). 87

Companhia das Lezírias Fernão Pires 2004
Seco e hirto, aguenta-se bem. Mantém o travo equilibrado. Bom para aperitivo, com queijo e chouriço. 83
Quinta da Gricha Vintage 1999
(50,35€)
(em breve)

Taylor’s Quinta de Vargelas Vintage 1996
Está maduro e complexo. Consistente e poderoso, fica um pouco aquém na complexidade e na nobreza (44,50€). 90


Calços do Tanha Reserva Tinto 2004
Aroma fugaz, depois corrigido pelo travo equilibrado. Rico, masculino, taninoso. Mais para guardar do que para beber já. Mas irá bem, já assim, com um assado bem temperado. (14,95€). 88

Dow´s Quinta Senhora da Ribeira Vintage 2004
No aroma, amores perfeitos e violetas (Z).
LP – 89
Z – 91
PV – 90


Cortes de Cima Trincadeira 2004
O vinho exclusivamente de trincadeira é sempre difícil. Love it or leave it. Aroma pneumático e travo aborrachado. Forte e personalizado, tem um grande carácter. (16,95€). 87