segunda-feira, outubro 27, 2003

Os Vinhos de António Saramago
(Experiência enogastronómica apoiada pelos patrocinadores habituais).

"Espumante ACR 2001" - Travo com perfil tradicional para o género. Muito gasoso. Sendo da zona de Redondo, não está mal.

"Merus, Arinto 2002, Branco" - Doce e rude. Serão características compatíveis, no mesmo vinho ? Talvez acompanhando com umas tâmaras com chouriço ou umas ameixas com queijo terrincho.

"Tapada de Coelheiros, 2002, Branco" - Tem o prolongamento do chardonnay, sem a desvantagem de ser manteigoso.

"Tapada de Coelheiros, Chardonnay, 2002" - Muito intenso e complexo. Por isso, pela peculiaridade da casta, talvez deva ser somente usado para aperitivo ou talvez mesmo, sem mais aperitivos. É, em todo o caso, reservado a apreciadores de chardonnay.

"Hero dos Avós, Garrafeira, 1999, Tinto" - O agridoce de Setúbal. Áspero, mas bem compostinho. Vai longe. Talvez devesse ter ido mais longe antes de ser aberto e bebido.

"Quinta do Alqueve, Syrah 2001" - Há algum vinho mais áspero que este ? Em todo o caso, mais quatro graus de álcool e podia muito bem confundir-se com um Porto Vintage.

"Licoroso ACR - 30 anos" - Aroma animal, com notas de couro, dizia o LP.
Quatro voos, quatro vinhos.

"Chateau Canteloup 2001" - Tinto com denominação de origem Médoc (portanto Bordéus), com 12,5º. De consumo corrente. Com a refeição, sempre vai melhor que uma cerveja.

"Domaine Franck Millet" - Sancerre branco, engarrafado pelo produtor. Algo amanteigado, a revelar algum chardonnay, que quer esconder-se. Talvez por isso é um pouco frutado, mas predominantemente seco.

"Campo Viejo, Tinto 1997" - Rioja duro. Logo ao abrir, o aroma faz revelar o cabernet. Depois, é redondo e fugaz, sem grande complexidade. Há que bebê-lo depressa, porque a primeira impressão é melhor que as seguintes.

"Marquês de Marialva Branco 2001" - Agitar vinhos, mesmo que brancos, não é grande ideia. Apesar disso, este branco da Adega Cooperativa de Cantanhede pareceu cheio e intenso. Sem se poder qualificar como branco velho, é um branco tradicional, à antiga. Mais que seco, roça o áspero.

sábado, outubro 25, 2003

"Cistus Grande Reserva 2000" - 14 graus de vinho. Este néctar é grande em tudo, corpulento mesmo. Ou, como dizia o LP, um gigante manso. É denso mas de fácil interpretação. E, além do mais, joga num campeonato complemente diferente das colheitas normais da mesma casa, que jogam na regional - sem ofensa..., estava a falar na denominação de origem.

terça-feira, outubro 21, 2003

(Ficou esquecido do verão...)
Vinho e Sardinhas.
Trata-se de uma vexata quaestio" : que vinho acompanha melhor umas sardinhas frescas assadas na brasa? Primeira opção : tinto ou branco? Mas talvez a questão esteja mal colocada... Maduro ou verde? Mas talvez não haja uma resposta universal... A proposta de hoje é a de um vinho verde branco monovarietal de loureiro. A referência nesse campeonato é obviamente o Quinta do Ameal. Mas a proposta de hoje é o Loureiro da em>Quinta da Lixa 2002. Trata-se de um vinho seco, fresco, não muito subtil e que, talvez por isso mesmo dá luta a sardinhas acabadas de assar na brasa. Não ganham as
sardinhas nem o Loureiro : ganha o provador !
LP