"Quinta da Alorna - Reserva 2002, Branco" - Combinação equilibrada de chardonnay e arinto. A primeira confere ao vinho a marca genética. A segunda desengordura-o das características típicas da primeira. Fica cheiínho (leia-se compostinho). Embora não seja fugaz, não chega a ser persistente. Mais frio será mais subtil e menos redondo.
"Adega de Pegões - Colheita seleccionada 2002, Branco" - Desta proveniência há que contar, antes de mais, com uma excelente relação preço qualidade. Neste vinho, as notas de madeira escondem o chardonnay, que se oculta envergonhado pelo corpo consistente do arinto. Foi justificada a medalha de prata ganha no Challenge International du Vin de 2003.
"Evel Grande Escolha 1998" - Tinto robusto sem ser musculoso. A idade talvez o tenha tornado mais delicado e talvez lhe tenha limado arestas. Ao mesmo tempo que o arredondou libertou algum travo a ginjas. Quiça já tenha estado (ainda) mais picante do que está.
"Esporão Reserva 1999" - Deveria ter-se bebido uma garrafa de coleccionador como esta (é daquelas que ainda ostentam no rótulo uma imagem de um simpático homem das arábias e foi objecto de censura a propósito de bélico conflito recente)? Devia. Por duas razões : primeira, porque vinhinho que não se bebeu, é vinhinho que não se bebe; segunda, porque se assim não fosse, deixava de poder apreciar-se um néctar agressivo e incisivo, com a marca da terra onde foi colhido e travo a ameixas maduras.
"Porto - Quinta do Infantado LBV, 1994" - Antes de mais, há que deixar claro que estamos perante um vinho de categoria superior. E mais nada. Dito isto, há que acrescentar que o chocolate que inspira e a densidade picante compensam o final curto e pouco persistente. É um vinho ligeiro sem ser leviano em que o impacto da primeira prova não é repetido nas seguintes.
domingo, novembro 02, 2003
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